Candidato a prefeito e segurança são denunciados por homicídio de motociclista em MG
17/10/2024
(Foto: Reprodução) Tom Moreira e David Abranches foram considerados autores do assassinato de Thiago de Oliveira Lourenço, de 21 anos, ocorrido no dia 2 de outubro deste ano, no Centro da Cipotânea. Defesa do candidato alega inocência. Tom Moreira
Divulgacand/Reprodução
Welington Thiene, conhecido como Tom Moreira, do PRD, que foi candidato a prefeito de Cipotânea nas últimas eleições, e o segurança dele, David Abranches Risson, foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) como autores do assassinato de Thiago de Oliveira Lourenço, de 21 anos, ocorrido no dia 2 de outubro deste ano, no Centro da cidade.
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Segundo a denúncia, divulgada na quarta-feira (16), Tom Moreira dirigia o carro que perseguiu a vítima, um opositor político, por cerca de 1 km. Quando conseguiu alcançá-la, ele bloqueou a passagem, enquanto David Abranches sacou a arma de fogo e atirou. Os dois chegaram a fugir, mas foram presos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou que eles permanecem detidos no presídio de Barbacena.
Candidato a prefeito é preso suspeito de participar de perseguição e assassinato de motociclista em MG, diz polícia
Ainda segundo o MPMG, o crime foi cometido por motivo fútil, uma vez que os denunciados mataram a vítima em razão de oposição política. Ambos vão responder homicídio qualificado.
Em nota, a defesa de Tom Moreira afirmou que o candidato é inocente e não contribuiu de forma alguma para a prática do crime. Um pedido de habeas corpus foi solicitado à Justiça e a defesa aguarda a decisão.
"Além de não ter praticado nenhum ato que pudesse contribuir efetivamente para a morte da vítima, Tom Moreira também não se enquadra na figura denominada mandante", cita a nota.
A reportagem também tenta contato com a defesa do outro acusado, David Abranches.
Vítima chegou a ser socorrida
Vídeo mostra perseguição entre carro de candidato a prefeito e jovem morto em Cipotânea
Thiago de Oliveira Lourenço chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital da cidade.
De acordo com o delegado Roberto Montezi, responsável pelas investigações, o automóvel usado no crime foi localizado na casa de Tom Moreira. Uma arma calibre 38 e seis munições também foram apreendidas.
Vídeos mostram o carro do político perseguindo a motocicleta por ruas do município. Confira acima. O candidato chegou a fugir, mas se entregou e foi levado para o presídio de Barbacena.
Tom Moreira teve mais de 2 mil votos
Apesar de ter sido preso, Tom Moreira chegou a ser candidato nas eleições municipais em Cipotânea. Ele obteve 2.016 votos (45,09%), mas perdeu para Robertinho (PP).
Confira o resultado do 1º turno:
Robertinho (PP): 2.455 votos, 54,91% dos votos válidos.
Tom Moreira (PRD): 2.016 votos, 45,09% dos votos válidos.
A eleição em Cipotânea teve 4.790 votos totais, o que inclui 134 votos brancos, 2,80% dos votos totais, e 185 votos nulos, 3,86%.
Nota da defesa de Tom Moreira
"Tom Moreira é inocente e não contribuiu de forma alguma para a prática do crime doloso contra a vida ocorrido na localidade de Cipotânea-MG, às vésperas do último pleito eleitoral. Depreende-se dos autos que Tom Moreira não atirou na vítima, outrossim, ele nunca mandou matar a vítima, não bastasse tudo isso, o réu não praticou atos que pudessem contribuir para a concretização do delito doloso contra a vida. Na fase investigativa restou esclarecido pelo acusado que ele não estava perseguindo a vítima e sobreleva destacar que o acusado não fugiu da localidade de Cipotânea-MG, Tom Moreira deixou a referida cidadevisando proteger a sua integridade física, pois ele temia represálias, tanto é verdade que, no dia seguinte, Tom Moreira se apresentou espontaneamente ao Dr Delegado de Polícia, foi ouvido em sede policial e prestou relevantes declarações. Com tais adminículos, significa dizer: além de não ter praticado nenhum ato que pudesse contribuir efetivamente para a morte da vítima, Tom Moreira também não se enquadra na figura denominada mandante. Por entender que a prisão preventiva é injusta, a Defesa impetrou um Habeas Corpus perante o TJMG, no presente momento, estamos aguardando o julgamento de mérito do Habeas Corpus que visa restituir a liberdade do acusado. A defesa irá provar que Tom Moreira é inocente e não merece ser responsabilizado na esfera criminal por um crime que ele não concorreu de forma alguma para a sua prática."
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